segunda-feira, 9 de junho de 2008

blackout II: l'amis

Eis que quando sua luz apaga os pequenos vaga-lumes que lhe faziam companhia voam pra longe. Um a um. Os mais amados, os com mais brilhos. Eles não deixam de ser bem vindos, sua área de pouso quase sempre existirá pra sua volta. Quase. Dizem que os melhores ficam...bobagem. Ninguém quer escuridão por perto. Quando tua luz se acender novamente o celular voltará a tocar, a campanhia, a buzina. Mas se ela não se acende, todos levantam vôo. A única verdade que fica é teu espelho. Verdadeiro como ninguém. Te reflete só. Te reflete como és. É verdade. É o jogo de quem fica e vale; e quem vai, se esvai. É sozinho que vim ao mundo, e é em auto-suficiência que dele partirei! A gente compartilha de momentos, não de alma. E daqui meu reflexo me mostra que meu poço foi cavado pelos mesmos operários que ergueram meu castelo. Seja de sangue ou de alma - eu agora abandono. Chamo de nada. Ossos do ofício. É o meu velho vicio de sonhar. Pular de precipício em precipício.

Menino Deus, quando tua luz se acenda
A minha voz comporá tua lenda
E por um momento haverá mais futuro do que jamais houve

5 comentários:

Anônimo disse...

Realmente nossos espelhos refeletem o q há por dentro de nós.
Meu espelho já foi lindo... em momentos brilhante como os de um camarim, cheio de lâmpadas acesas em volta, e tbm já esteve em cacos pelo chão.

Adorei teu texto!
Vjos!

Anônimo disse...

Por mais que eu tenha medo do escuro, eu prometo que vou estar do teu lado em todos os momentos!

Amo vc!

Anônimo disse...

eu vou estar sempre lá pra acender uma vela pra você. isso é uma promessa!

Anônimo disse...

É.
O preço de pagar pra ver o invisivel.


... mas, comecei a ler o teu texto
pensando em outra música.
É com ela que você o fecha.

Anônimo disse...

p.s depois de séculos:
'Menino Deus' toca todos os dias no meu radinho :)