Abri a garrafa para me embriagar da dose diária de ilusão. Consistente como um copo meio cheio. Liberto como um ébrio a escorrer por cantos de bocas. Outro e outros goles para manter-se afastado da ressaca - que é moral. Afim de não deixar lacunas para a mente devanear sobre as opacas realidades. Ocupado com o próximo riso e com calor que faz. Fincando os pés na certeza que não podem controla-los. Tratando de não ler os rótulos de todas as garrafas. De toda palavra que devo cuspir 'agora' é a primeira delas. De não ser suficiente vou embriagar-me dessas aventuras. Escrever biografia na pele e fazer juras que não vou cumprir. Vou afogar experiências banais e servir-te da mesma dose. É tudo que devo ser agora e até quando mudar de idéia.