terça-feira, 29 de julho de 2008

Backlit

Reza a lenda que felicidade não dá tema de blog. Vai ver é por isso que, demorei tanto a escrever aqui. Então, na dificuldade de quebrar lendas é que venho aqui - tentar. Enquanto a track-list abandonou a melancolia e se rendeu ao dance e até ao samba; caminho por entre as mesmas ruas enxergando tudo que antes era invisivel. E nelas o colorido ganha contraste junto com a nova cor da aura. Melhor do que receber boas novas, é saber quais pessoas ficaram felizes por ti. E quantas (lê-se: qualidade mais que quantidade). O melhor sabor da fruta mordida, do get back, ou do brinde só seu. Eis a melhor de todas as músicas, o som dos copos e taças se tocando. A segurança que solidão já não ameaça, que sabotagem já não pega. Não é tão complicado ter prazer em dar prazer. Não me peça pra ficar triste agora, não tens o direito.

Pega vida em mim
Tenta a sorte em mim'


terça-feira, 22 de julho de 2008

postulados

Minhas observações (lê-se: indignações) a respeito da humanidade:

Primeiro; a mania irritante das pessoas tirarem conclusões do que só vêem de longe. Exemplo, olhar para um cara e dizer que ele não é feliz, que ele vai viver sozinho, que ele foi pelas incertezas do caminho. Tá bom que Marcelo Camelo compôs isso, mas se não for algo dedicado a ele mesmo em 3ª pessoa... acho que foi, sim, precipitado.

Segundo; acharem você um ser "bonzinho" - ou então um imortal - e que podem fazer o que bem entender que você, como uma mola - ou sei lá-, vai voltar a ser ao [panaca] que era antes. Prefiro não citar exemplos aqui.

Terceiro; alguém te fala algo e você comenta com outra pessoa que você julga/va confiar, afinal aquilo lhe soaria como um elogio. Aí esta segunda pessoa vai e usa aquilo para expressar sua raivinha e escreve, com baton rosa, na testa aquilo em sua testa. Resultado!? Só você fica "queimado".

Quarto; a gente capricha num blog ou texto do perfil e as pessoas só comentam a [porcaria] da foto. Mundinho fútil.

Quinto; tudo bem, sou até a favor das cotas, mas m-e-t-a-d-a-d-e das vagas é exagero!

Sexto; a necessidade que a gente tem de contar nossos problemas pra alguém. E a necessidade que as pessoas tem de repassarem o que ouviram para o reeesto da galaxia.

Isso é tudo.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

primeiro andar

É que quando eu estava com você eu me sentia diferente, alguém mais parecido comigo mesmo. E o meu eu é que foi vil e tolo por duvidar. Duvidei de teu amor, mas já fiz dele amuleto. Agora descuidei e deixei cair. Mas eu não consegui perdoar tudo que deu errado, fui fraco demais pra isso - perdão é pra os imortais. Não podes pedir o e-ter-no a um simples mortal. O ódio que sustentou meus joelhos, pra que eu não desabasse naquela hora, circulou em minhas veias e destruiu a nossa velha infância. Fui fraco por não querer ser prisão, por não tentar a sorte. É que a sorte é preciso tirar pra ter. Quando estava tudo bem, tocou de novo aquela canção, lembrei da minha promessa de nunca mais me deixarem ser invisível. Foi ai que duvidei, que dei pra mal dizer, que sujei teu nome e te humilhei pra me vingar a qualquer preço. Você não aceitou não me fazer feliz; mas feliz eu nunca aprendi a ser - e não quero trilhar sozinho o caminho de pena ate lá. Eu não soube descarregar meu lixo interior.
E quando as linhas que nos juntaram te levar pra longe de mim, saiba que não haverá cores de aurora ou pôres em Babylon, porque irá faltar o Sol. E essa luz que tu emanas eu irei descrever-lá nos contos que meu filho irá ouvir antes de dormir.
- Pai, porque Le Fey e Pendragon não terminam juntos?
Minha Rainha, obrigado por fazer as musicas de amor terem sentido pra mim. Por compartilhar grandes sonhos e vidas passadas. Por me ensinar a poesia por trás das chuvas, da lua e da rua. Por segurar o sol nas mãos junto comigo. E, antes de bater esta porta, abre tuas mãos e carrega esse amoleto junto contigo. Aperta ele quando precisar e lembra da promessa de 'queridos amigos' estarem s e m p r e juntos.
Meu coração se entregou a tempestade ~

Só enquando eu respirar'

segunda-feira, 14 de julho de 2008

um instante de dois

Eu preciso e, sinceramente, não sei do se trata. E você precisa do tempo que eramos a faca e o queijo - que inspiraria até Gilberto Gil numa canção. A gente ama, mas amor não foi o bastante até aqui. Falta espaço, falta assunto a dois. Preciso de uma cura pro trauma; ou que eu acredite em tudo de mais puro que a vida me gritou não existir. Tão pouco te peço que volte rogando perdão se chora com os olhos secos e [volta e meia] falando dele. É a hora de apagar tudo e dar um começo ou hora do fim, e fim! Me diga o que vamos fazer agora. Tell me what we're gonna do now.

Eu só quero um segundo teu
E um segundo meu
Um instante de dois
Sem mais, nem pra depois eu te dizer
Que eu te amo não
Te amo demais para ser prisão
De dois
Amor
~x~



quinta-feira, 10 de julho de 2008

O Nefelibata

Problemas sérios do blog com o Internet Explorer. Para visualisar os 90 posts existentes tente o Mozilla Firefox.

~x~
Viver de dia a dia,
não de noite e dia
de alma crua, nua, no meio da rua
no mundo da lua
Se Jesus andou sobre o mar
ele andou sobre as nuvens
sobre o que há de cruel
sobre o inferno e o céu
e foi embora sem chegar
(tito moraes)
~x~



Pelo que pensa o nefelibata, pelo lema (pé em Deus e fé na tabua!), pela alma fora do chão o texto foi escrito.
'Pra que ter os pés no chão se você pode voar?'

domingo, 6 de julho de 2008

Je Ne Regrette Rien

O número 4 acabou. E o décimo sétimo ano de minha vida esta pago, varrido e enterrado. O bem e todo mal andou nas colheitas do ano que a numerologia chamou de 4. O declínio começou à exatamente um ano atrás. E até a um segundo atrás todo 'escrito' parece ter se cumprido. Todas as lágrimas derreteram as mascaras, todo mal me fez [muito] bem. Saio com a bagagem, com todas as cicatrizes. Mas saio com as vitórias e com o manual da vida escrito nas linhas das mãos.
Está pago,
com as derrotas (poucas!), com as caídas e recaídas nas armadilhas e planos. Com as lágrimas, com a saudade. O preço foi alto. E o presente não devolve o troco do passado.
Varrido,
me afastei ou até fugi. blindei, esfriei... criei esse escudo; esse teatro, esse inabalável.
Enterrado,
Aqui jás meu coração. Morto, parado. Debaixo da terra todos os sonhos que não podem mais ser realizados, todos os pesadelos já passados.


rien de rien ~


Agora vem o 5. Ano da mudança, viagem e paixões. Novo humor, nova liberdade. Imprevistos, imprevistos e imprevistos. Cautela. Nova vida. Sim, eu quero logo escrever nessa página em branco, no meu cinco. Pois que gire a roda do ano.
Nos planos uma tatuagem (duas ou três), tirar carteira, doar sangue, ver Maria Rita, montar um república chamada Babylon, ter minha primeira (?) crise de overdose...não necessariamente nessa ordem.


C’est payé,Balayé,Oublié,
Je me fous du passé !
Lamentei, já quis a morte, fui da faca o corte mas me levantei Entendi as linhas tortas, destranquei as portas Todo mal me fez bem.


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Salvar como Rascunho (?)

Ócio criativo. Não sei sobre o que escrever. Ao mesmo tempo, me sinto a cada dia mais desafiado a por parte do mundo em palavras - nas linhas que eu puder transcrever no pouco tempo que tenho pra deixar minha 'marca'. Chove lá fora e eu não sei se falo disso e faço em verso, se faço em prosa. Posso falar de tudo que penso, sei que existe tal liberdade disso e daquilo mas, depois pago na fogueira da mesma forma. Poderia falar de amor, de quem poderia me esquentar agora. Pensei mesmo em falar de algum apelo social, pôr meu anarquismo cazuzaniano pra se exercitar. Enquanto Ney canta aos meus ouvidos as palavras de Drexler "Y que sea lo que ...Sea!" eu pratico um dos meus [novos] maiores hobbies, escrever. Agora vejo com outros olhos; posso ver uma tela, uma foto, um acontecimento... e pensar como eles ficariam em palavras. Só por esse exercício me sujeitei a procurar por uma frase que me inspirasse um texto, "Você, o seu ser, tanto quanto qualquer pessoa em todo o universo, merece o seu amor e sua afeição." de Buddha. Sei lá se escrevo sobre isso, mas se ela apareceu pode servir pra alguém que venha, por aqui, ler-la. Fora que é tão bonita quanto tudo que queria poder pôr aqui agora.
Enquanto isso chove, a música passa, o tempo idem.
Opa! Para tudo... nessa de procurar por frases, acaba aparecendo em minha frente Antoine de Saint Exupery (esse mesmo, a quem os Deuses tomaram o corpo e o fizeram escrever os segredos divinos da vida na forma de um pequeno príncipe - qualquer relação com o nome, ou até o dono, do blog não é mera coincidência). Então, como nada é por acaso, vem ele fala de tentar alcançar a perfeição (olha, falando dele mesmo). Mas um dia, num texto, eu também a alcanço. Enquanto isso, vou tentando por aqui mesmo. Ah, a frase:

"A perfeição é alcançada, não quando não existe nada mais para se acrescentar, mas quando não existe nada para se retirar."

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Lo. Li. Ta.

Ganhei do bodega, além de elogios, um selo. Além da missão de escolher a 5ª frase da página 161 do livro mais próximo. Escolhi Lola;



"Com a calma ordem murmurada que se costuma dar a um animal treinado, assustado, coberto de suor, mesmo na pior das situações (que louca esperança ou que louco ódio faz vibrar os flancos da jovem besta, que negras estrelas traspassam o coração do domador!), obriguei Lolita a levantar-se e caminhámos decorosamente, e depois corremos indecorosamente, para o automóvel. "


Os 5 indicados de Camelot e as instruções estão nos comentários.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Divã



P
equeno,
Não gosta da vida que comprou com suas atitudes?
Olha pra ela assim ... com tanto rancor.
Faz dela tua inimiga.

Garoto,
o que fazes aí nesse quarto?
Porque olhas tanto ao redor das paredes?
pensando em quem deve ser.

ei, moço!
a culpa é toda tua por não escolher
e se deixar ser escolhido.

Homem,
não cansa de ficar sentado aí!?
...completamente sozinho com suas lágrimas

Pequeno Eu,
Perdoe-me por favor
Eu não pude ver
Você esta ferido por dentro.