domingo, 31 de agosto de 2008

Comer, dormir ... e confiar!

Em mais desses desvaneios, que temos numa tarde sem
mais nada pra fazer, vou parar a minha atenção em
um assunto que descobri fazer parte de mais uma de
nossas necessidades - exagerando mesmo - vitais.
Agora posso até compreender o cara de charuto
na mão e pilhas de manuscritos ao lado de um divã.
Pois é Freud, independente do que vamos ouvir; falar,
é uma terapia para nosso dia-a-dia.Então, mesmo que os
caminhos tenham dito 'não confiais', confiamos.
Não por querer, mas por precisar. Aí então falamos
todos os nosos problemas e quando terminamos a enchorrada
de coisas, percebemos que eles eram menor do que julgavamos.
Sim! Falar amenisa, dimunui, tira a impressão que os
pensamentos silenciados nos deixam.
Aos poucos vamos aprendendo: acordar, comer, confiar, dormir.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Na palma da tua mão


Sabe aquela música que diz 'eu sou capaz de certas coisa que nem quis fazer' !? Então, ela mesma. Percebi que a distancia entre mente e coração é bem maior que uma artéria. São mundos diferentes que ocupam a mesma alma - cada universo. É aí que faço, que embaraço e que não sei aonde fui parar. É aquela coisa de 'aja duas vezes antes de pensar' - sábio Chico - que nos remete ao que nossa mente sempre gritou não querer. Antes de continuar com a tal música, e perguntar se existe algo que justifique a vida ou pelo menos esse instante, eu prefiro parar de escrever e sair à procura. Afinal, mentiras de amor não deixam cicatrizes!


E chega de mentiras cor-de-rosa'


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cem


Bom, esse é o centésimo texto do Diário de um Príncipe Hipocondríaco. Lembro-me dele ter outro link e ter sido aberto só pra salvar um texto a qual eu havia posto num perfil e não queriam que eu retirasse. Em seguida algumas fotos - já excluídas.
Nunca achei que blogs pudessem trazer mais noticias do que um desses [milhões] de sites pode aí. Resolvi então que ele seria tão pessoal quanto um diário, tão real [no sentido mais nobre da palavra] quanto de um príncipe e tão dramático como o de um hipocondríaco temendo a morte.
Daí então, mais precisamente no dia 20 de dezembro, abri as portas de um reino para torna-se 'público'. Depois disso falei de saudade, boemia, tempo e até lama. Falei da pior parte da minha vida e da sua recém guinada. Uma dessas páginas já foram alvos de muita polêmica no mundo, digamos assim, real [no sentido mais chulo dessa palavras]. Coisas que não se desfizeram mais. Assim, pelo que há de ruim e de bom aqui - é que digo que criei 100 grandes marcas em vidas.
Aqui jaz todos os meus devaneios. Posso voltar ao passado, reler e vê o quanto pude mudar em tão pouco tempo. Quantas formas de pensar!
Bom, era isso. Vim soprar as velinhas. 100 delas.


domingo, 17 de agosto de 2008

O Sol em Câncer

A sua existência sai das normas - eis o que ouvi pela primeira vez do meu mapa astral. Detentor do conhecimento da vida, pelas leituras e pelas experiências próprias. Enquanto Janis Joplin solta os gritos, marco na pele o sol na oitava casa, o sol com urano, o onirismo da Lua na casa 1, o dom da palavra com Júpiter em saturno. E nessa transsendental existência que eu seja passivo do que há de bom no destino e que possa rabiscar novas linhas e ir além do mar. Remar. Não faltou quem ligar, nem quem compartilhar. E estão todos ali, em linhas. E ali também reside o futuro, todo bem e todo mal. Posso por as mãos no meu destino, levar ele a cama. Sempre junto de mim.


...que a minha pele tem o fogo do juizo final'





quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O pecado febril

E mesmo que tenham erguido cercas ao redor, pude achar um escape. Vi que posso respirar só, que cercas como essas não valem de nada pra quem sabe voar. Pois é, eu vi. E você chegou e calou a minha boca pra que eu pudesse gritar, prendeu minha circulação pra que meu coração pudesse pulsar, tirou meu ar pra que eu pudesse respirar. Foi uma cena sem castelos, sem trilhas sonoras, sem protagonistas. O espetaculo que ninguém viu, que ninguém percebeu. Só você e eu. Sujo como a lama e - essa sim - vale a pena se melar. Sai do lugar, você me tirou sem precisar puxar, me conduziu e me deixei levar.

Foi só por um segundo, todo o tempo do mundo, e o mundo todo se perdeu ♪'


Agradecimentos todo a Santa (Maria Rita) que deu voz a letra de Claudio Lins.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A lingua do mundo

Podemos ter toda nossa razão, mas se as pessoas ao nosso redor não pensarem da mesma forma - nós é que iremos parar na fogueira. Nunca soube muito bem explicar tal linha de raciocínio e por isso decidi copiar mesmo - é, quase roubar - um texto que exemplifica e simplifica o raciocínio. Não é por ser realidade que eu concorde ou que ela seja boa, muito pelo contrário, mas não há solução. Meio que me sinto o Tufiq. É, sou o tal do Tufiq.

"Khidr, o senhor do mundo, deu um aviso à humanidade: ia fazer desaparecer toda a água da Terra, exceto a que tivesse sido guardada pelos homens. E, quando as águas voltassem a correr, elas trariam em si o micróbio da loucura: quem as bebesse, perderia a razão.

Ninguém prestou atenção no aviso, exceto Tufiq. Estocou a água na cisterna, e esperou.

As águas pararam de correr - e quando voltaram, levavam a loucura a quem as bebesse. Todos da aldeia beberam. E todos ficaram loucos, exceto Tufiq - que continuava a beber sua água estocada.

Cinco dias depois, Tufiq havia sido preso e condenado a morte - seu comportamento estranho não estava de acordo com o resto da aldeia."

(Paulo Coelho)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O beijo da serpente

E então, para aceitar a sua recompensa eles sucumbiram ao beijo da serpente.
- experimenta adão, o fruto que essa serpente oferece é muito saboroso!
Finalmente poderiam sair daquela prisão em forma de lenda que os faziam se sentir obrigados a obedecer tantas imposições.
E outra, a Rainha, de um terra distante aonde a humanidade começou a criar e criar tendo como cenário pirâmides, também se entregou a ela.
- Vou eternizar meu amor com Marco Antonio. Vou vestida de Isis, ganhar a imortalidade que o veneno desta áspide raivosa traz. Disse ela enquanto tomava a vibora nas mãos.
Não muito longe dali, mais exatamente nas areias desérticas do Saara, o pricipizinho se despedia do aviador. Queria voltar ao seu planeta, reencontrar sua rosa.
- O bonito do deserto é saber que ele esconde um poço em algum lugar.
E para que pudesse ficar leve o suficiente para voar e sair dali, ele também procurou pela áspide rastejante.
E mais como um beijo do que como uma mordida a parte Lilith, da triplice da Deusa, perfura em infinita magia os corpos dos novos imortais.

- foi a maior rainha. Disseram se referindo a Cleópatra.
- foi a sabedoria. O que se ouviu do pequeno príncipe.
- foi o pecado original. Disse o mundo, pecador, à seus ancestrais.

Pois é o que há de bom no pecado. O sabor da fruta, ou se entregar ao beijo da serpente.
Estes exemplos serviram de propaganda para nos deixarmos levar pelo que há de sublime. É a Sagrada Anciã nos oferecendo mais um pouco de alma.
Mal sabe ela que um pedaço da maçã é tão pouco ~ e pouco eu não quero mais.