domingo, 29 de março de 2009

Colour me free

So let me go, just let me fly away
Let me feel the space between us, growing deeper
And much darker everyday
Watch me now and I'll be someone new
My heart will be unbroken, it will open up
For everyone but you

we can make that choice, to be, to be free
And part of me still believes
When you say you're gonna stick around
And part of me still believes
We can find a way to work it out
But I know that we tried everything we could try
So let's just say goodbye forever


sexta-feira, 20 de março de 2009

Entre o chão e os ares


E nessas surpreendentes ruas há um ser todo feito de leveza se perto do inabalável vento que aqui sopra. E, por aqui, quando sou olhos – perco mão. Quando posso enxergar cada beco, cada ato numa esquina, fico atado. Sou todo amor, da cabeça aos pés. E revez. Porque não!? Quando olho para o céu sou todo sonho [impossível], a cantar aquele refrão 'É minha lei, é minha questão, virar esse mundo, cravar esse chão'. E quando desse céu rogo a ajuda, em forma de divindade é tudo chuva. E, eu cuido de secar. E a percorrer esse chão, pesos e bagagens tem que ser deixadas/sacrificadas. sem saber por onde começar, começo a errar. Não posso prever o que precisar na próxima esquina que virar. Num amontoado de lixo que joguei, há de servir agora alguma coisa. Sem forças pra buscar, sem força pra recriar. Sem vontade de ****** nenhuma! Hoje jogo mais do que cato. Pego o que acho que sirva e ponho numa sacola feito esses games que se joga aos sábados. Só suponho. Onde eu sou todo olhos e sentimento não trago soluços, pois tenho uma espada que corta miragens de um outro tempo. Uma outra vida a correr por essas estradas. A ser força medida à ilusão. E quando eu for chão, posso ser tua [ou daquela, ou aquela...] estrada. Até vou ter que enxugar esse chão. É um mistério profundo, é o queira ou não queira ...são as águas de Março fechando o verão!


Não é a história que não foi contada
Nem é o estranho sonho do qual despertei
É mais uma espera, mais uma chegada

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É como o claro e o escuro da alvorada

sábado, 14 de março de 2009

Há vagas!

Como duas partes de uma mesma coisa não podem mais viver juntas? O encaixe não se tolera mais ... Como se uma maçã partida horizontalmente ganhasse um tipo de carga absolutamente igual. Repele. Ainda me pede que explique? Algo tão forte, mas de cada um. Sem conjunto de palavras que solucione, sem pesos de atitudes que as provem. Lembra de cada história? Ainda vivas e se repetindo incessantemente num plano passado de tempo. Repelidos, afastados. Ouça, vá viver. E lembra cada instante que passou '...cada perigo, da audácia do temor'. E peço aos Deuses que cumpram por mim minhas palavras proferidas de árvores, maçãs, reinos e fantasias. Todas as bocas tanto falam, nada sabem. Toda cena repleta de figurantes, cenários e trilhas que se chocam. Sem embalo, sem ritmo. Tudo o que quiseres, menos o meu amor.

- volta a pensar então
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez
Que nos encontramos, nos olhamos sem viver
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo
lembra, lembra, lembra, cada instante que passou'


sexta-feira, 13 de março de 2009

Estribilho

Vou ser franco, você nunca mais passou por aqui. Ainda que eu lembre de você, não deixou saudade. Foi apenas um fato, algo que nasceu para aquele momento e nunca mais. Conheci o teu oposto, o outro lado da moeda, algo que não deixa cicatrizes. Exponho sim as cicatrizes que deixou; não por orgulho ... mas como uma lembrança. Feito um laço vermelho que a gente amarra no dedo. Se algo de você ainda vive em mim, há de ser bem escondida por detrás do meu riso, do som do meu estribilho. Francamente fraqueza, nunca mais!
Fez do meu coração a sua moradia
Já é demais o meu penar
Quero voltar àquela vida de alegria
Quero de novo cantar

terça-feira, 10 de março de 2009

Constatação e constelação

Certas estrelas são só estrelas. Outras tantas são pontos luminosos que escolhemos pra guiar nossos caminhos e olha-las todas as vezes que se perder ou que se ganhar. Destas invejamos o jeito diferente de brilhar, ai chamamos de 'nossa' - como uma tentativa de sermos um pouco elas! Algumas para nós tem brilho ainda mais especial e, nem para todas elas devolvemos a mesma luz na mesma intensidade. Mas não há de ser culpa de ninguém, só do céu. Alguns caminhos não precisam mais ser guiados, e o brilho que nos direcionava há de ser perdido ou se tornado como todos os outros - fora de nossa constelação. Ou para azar de nosso vaidoso e egoísta brilho, podemos estar fora de outras tantas constelações. Esse cenário, este céu, chamam de vida. As estrelas, tem o nome que você quiser dar à elas. Porque elas são suas.
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

quarta-feira, 4 de março de 2009

Seu caminho


Seja você quem for
agora segurando a minha mão,
sem uma coisa há de ser tudo inútil
- é um leal aviso o que lhe dou
antes que continue a me tentar:
não sou aquele que você imagina,
mas muito diferente.

Quem é que gostaria
de vir a ser um seguidor meu?
Quem é que gostaria de lançar
sua candidatura ao meu afeto?

O caminho é suspeito,
o resultado é incerto, destrutivo talvez;
teriam que abrir mão de tudo mais
tendo eu a pretensão
de ser seu padrão único e exclusivo;
sua iniciação haveria de ser ainda assim
extensa e fatigante,
toda a teoria da sua vida passada
e toda conformidade com as vidas em redor
precisariam ser abandonadas;
por isso deixe-me agora
antes de perturbar-se ainda mais,
deixe cair sua mão do meu ombro
coloque-me de lado e siga seu caminho.


Walt Whitman (Leaves of Grass)
Ouça, vá viver ♪