quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Encontros e Despedidas / maktub

Tem gente que chega pra ficar ♪

De repente me vem aquela necessidade de comer
algo que nem passara pela minha cabeça nos últimos
tempos, então percorro a cidade em busca disso!
Incrível: todo os lugares de costume estavam fechados.
Fui então pra um lugar 'novo'. Só os Deuses sabem porque,
eu tive que esperar muito mais que o de costume.
Então, no meio da cidade, alguém me grita do outro lado;
eu não reconheço a primeira vista...
- Viiiiiiiictor! Meu amor!
Então, como num filme, atravesso a rua e abraço entre gritos
e saudades a pessoa fragilisada pela ausência de amigos agora.
O mundo parou!
O destino que foi injusto em separar todos os bons amigos,
deu-nos a chance de respirar de novo aquele ar.
Vinda de outra cidade, só podia estar mesmo escrito tudo isso!
Ela parou bem longe do seu local de chegada, e se não me
engano mais uma vez pelas horas, ela estava atrasada.
Conhecidências? Im- pos-si-vél na minha opinião.
E, se eu não tinha fôlego pra acordar na outra manhã,
desta vez, ganhei um motivo pra me reerguer naquela
manhã e nos últimos dias.
Aquela rua nunca mais será mesma. Pra mim, me lembrará
ela e sua companhia que também amo.
E na minha mente, tocará aquela música...

Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar(...)

A hora do encontro
É também despedida



É a vida...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Nostalgia

Ela me pegou,
como uma doença enferma .
Como uma paixão do tipo que rasga
mas ela não tem amor
ela é a ausência.
É repetição, é um circulo.
Ela é um grito de janis joplin
ecoando por um quarto vazio;
e na janela o céu mais lindo
mas de cá não se vê cores.
A fumaça é mais branca e pálida do
que nunca.
É um enjôo porque finalmente,
por segundos eternos,
a terra parou de girar.
É o desenho animado e o botão "mute".
É a vontade de nem se mexer
mesmo quando aquele besouro vem
na sua direção pelo assoalho.
Ela grita "cry, cry baby!"
Não é mais uma ordem
me parece agora uma narração!



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quem é ela? Quem é ela?

Eu vejo tudo enquadrado.

Grade e Lua.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Sideral

Abandono os astros, todo aquele sentimento bonito e triste de cancerianos! Irei eu mesmo me ascender, regido por Sedna ou por outra galáxia... Não saí das minhas quatro paredes, mas elas foram postas num outro mundo. Mundo novo. Ainda me reservo o tempo do sofrimento e das saudades, mas na maior parte do tempo me anestesio, me ligo a um outro universo... me prendo no futuro, nos sonhos; não mais no "agora". Eu guardo todos esses sentimentos embaixo de uma pele, não me deixo olhar pra eles, espero que não se acumule e transborde.
A 'vida nova' é só um caminho pra uma chegada que só os Deuses sabem qual é... é correr pra chegar em 'nãosesabeonde'. Não é o que esperávamos. O tempo é mais forte que os sonhos que agora abandonamos.
O que foi feito amigo
De tudo que a gente sonhou?
O que foi feito da vida?
O que foi do amor?
Eu senti falta de coisas que não existiam quando as tinha. É estranho. Os amores não acabaram, mas sentimos agora o lado ruim do amor: a falta, a distância. Agora entendo a celebre frase "amor é uma faca de dois gumes; amar é sofrer, não amar é sofrer ainda mais."
A todos os amigos, digo: não, não sei o que a vida fez com todos os nossos sonhos. Mas quero dizer que lembro de cada detalhe e de cada um, lembro de besteiras, de tardes felizes, ou até do 'obrigado' por fechar a janela naquelas manhãs.
Os diálogos nas lembranças agora ganharam ecos e câmera lenta.
Eu tenho que abandonar os sentimentos pra encontrar em mim toda aquela força pra acordar em todas as manhãs vazias e preto e brancas que tem sido minha vida.
Vai Chico, 'saudade mesmo é arrumar quarto de filho que já morreu'.
Aprendi algo incrível, queria dar um post só pra isso, mas é o que vem na cabeça agora. Seguinte, " O que era certo, eu descobri, nem sempre era o melhor".
Agora eu acredito que tudo ta mesmo escrito, e que chegou o momento da história de cada uma se cumprir...e não temos forças pra lutar contra algo tão maior; que não vai deixar de se cumprir por nós. Mas isso é bom, acredito que o que nos espera é muito bom; pra mim e para todas as pessoas que nesses últimos anos apostaram em nossos talentos e viram que eramos diferentes dos demais. Que um Futuro de verdade nos espera. Quem esta nessa 'pluralidade' sabe!
Eu não vou falar no passado, no que sinto falta, vou continuar pensando no futuro...no futuro melhor. É pra sofrer menos.

Falo assim sem saudade
Falo assim por saber
Se muito vale o já feito
Mais vale o que será

sábado, 16 de fevereiro de 2008

No meu tempo...

Em mais uma dessas eloqüentes viagens pelo orkut, as vezes é bom passa-tempo (as vezes), encontrei algo que me fez sentir um velho! Um velho em tão poucos - nem por isso curtos - anos. Se não for por mim, pois, lembro de minha irmã e dos 'um pouco mais velhos' do "meu tempo".
Lá vai:


No meu tempo...
  • Celular era pra fazer ligação;
  • Internet era Dial-up;
  • Pakalolo com seu embrulho em tubo era a moda;
  • A televisão ocupava espaço;
  • Os cinemas só passavam 1 filme;
  • ICQ era o máximo;
  • Todas as meninas queriam ser chiquititas;
  • Plutão ainda era um planeta;
  • As fotos eram reveladas;
  • Pesquisas eram feitas na enciclopédia;
  • Os desenhos animados eram legais e faziam sentido;
  • Ouviam música em Disc-man;
  • Álcool era realmente pra maiores de 18;
  • As crianças acreditavam na cegonha;
  • As pessoas assitiam SBT;
  • Noticias eram por carta;
  • Biscoito era o Fofys;
  • Brinquedo era Lego ou o de montar da Kinder Ovo;
  • Merthiolat ardia;
  • Pasta de dente era Tandy;
  • Tenis não era Puma nem Nike Shox, era de luzinha ou Keds;
  • Computador no quarto? Não, todo mundo tinha Pense Bem;
  • Todo mundo usava as pulseirinhas que batia e enrolava no braço;
  • Vivo era Telesp Celular.



Isso me faz dizer - bons tempos aqueles. Não!?


Créditos: Comunidade "No meu tempo..."

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Memórias Póstumas de mim mesmo

Aqui jaz...

Desta vez chega de lirismo ou poesia ou ainda um monte de metáforas e letras bonitas de músicas. Estou aqui porque dá pra sentir o cheiro do meu cadáver em decomposição, desde as sete da manhã que os besouros começam a fazer seu trabalho em meus vestígios, e só terminam - acreditem - as quatro e meia da tarde! Todos os dias. Sem folgas, e aos sábados ainda querem o que sobrar do meu esqueleto! Até a alma cansa.
É necessário renascer agora, não é!? Vida nova e essa ladainha toda... a outra, e porque não, melhor chance! Pois bem, pra 'renascer' antes seria necessário morrer...ou não é!? claro que é. Pois já estou nesse estado extremamente cadavérico, a absolutamente decomposto... pois as coisas se agravam quando você pensa que ainda terão dias e dias como estes.
Não, não tem sido tão ruim assim 'morrer'. Imagina. Tenho até gostado [caaalma, não tanto - ainda]; acostumado que ainda não! Mas como diria Gabi [vizinha de lápide], "é um mal necessário!". E modéstia parte, eu estou me saindo muito bem, ao menos até agora!

Não há música pra encerrar o texto. Não houve tempo pra elas ainda.
Pra quem não esta entendendo nada, pois que passe pro textos debaixo, porque esse não há solução! Quanto a mim, vou seguindo esse ritmo desumano [e porque não necessário].






Trilha sonora do momento? taaalvez, se houvesse tempo, Rehab.... "mas eu não vou, não vou, não vou♪" e acabo lá...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Eu já estou com pé nessa estrada ♪

Hoje não foi tão ruim assim. Também não foi um 're-começo', foi só mais um caminho... convenhamos que mais longo; mas como diria Camelo "devagar, dedicou-se mais". A primeira sensação é de que eu tenho que repugnar tudo e todos, pra preservar a imagem de tudo que passou e que era pra ser o ultimo.
As idéias foram aos poucos mudando, foi tudo mais fácil do que imaginei/imaginam. Não sei se foi por causa de um certo tarja prata do sorriso, mas não foi tão sacrificante.
O pior foi saber que a ultima vez que aquele despertador tocou - e eu comemoreeeei - não foi a ultima vez... até os 9 anos da antiiiga cantina fizeram parte do discurso de 'saudades' do dia.
A visão é de alguém que acabar de pôr um pé numa nova estrada e que o que vai passar por ali pode ser bom ou ruim, mas te deixa em êxtase pra tentar saber.
As pessoas não eram as mesmas dos últimos 9 anos, e também não ouvem Beethoven, acham que Chico Burque já morreu e que é música de velho, não sabem o que é Armani e devem imaginar que De Niro usa Billabong na cerimônia do oscar. "Enturmar"? Ahh.. não sei se essa palavra irá entrar em ação neste ano, mas também não dificultarei mais [eu acho].
E musiquinha pra encerrar:





Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes(...)





Super-heróis do dia: Gabi, Milton Nascimento.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Sobre os mares que ainda não andei

Avante
Desta vez o caminho a se guiar
Não é o que o remo quis levar,
É aonde a maré não virou!

Aprumar
Pois que o circulo do Deus do Tempo
Não me aponte tão longe dos outros,
Não me ponha pra fora do Teu circulo.

Rema
Que voar não é direito,
não há tempo pra covardia,
não com remo fincado na água

Devagar
Se dedica mais,
e é disso que irei lembrar!


Horizonte distante!?
Nem por isso é não chegar.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Identidade

O anjo ou o diabinho!? Quem ouvir? Continuar a dizer 'amém' a tudo e a todos?? Na-na-ni-na-não... Ou sacrificar algumas pessoas boas de tua vida pra poder nunca mais engolir sapos? Humnnm....

Ainda lembro dos desenhos animados [da minha época porque os de hoje os personagens principais já são demônios] quando os protagonistas ficavam na grande duvida, ouvir a miniatura de anjo...o cara bonzinho e cheio de perdãos; ou o diabinho mais forte, decidido e persuasivo. Eu confesso, seeempre torcia pro diabinho! Se os personagens de desenho sempre se davam mal no final, pois que deixassem os antagonistas mal junto com ele!
Não acredito que se dá pra viver num equilíbrio eterno entre o seu Yng seu Yang, também não acredito que se possa optar entre seu lado lado passivo e seu lado forte pro resto da vida. Por para fora a outra personalidade, o seu "eu" que viveu calado por todo este tempo, deve dar um bom alivio...e uma boa crise de identidade. E enquanto ficamos nesse dilema -até decidirmos escolher- já estamos com netos e com consulta marcada no geriatra.
As vezes sento afastado e penso em tudo que falei no últimos minutos e como agi...ai vejo que realmente não fui, que não estava no controle; aí então volto a ajo [o mozilla tá dizendo que é assim que se escreve] como quero agora, me sinto eu. Paro mais uma vez, e o ciclo continua.
É estranho, mas incontrolável. E de um terceiro ponto de vista, eu olho o B1 e B2 do meu ego e posso ver qual eu quero que predomine. E vai ser assim agora!

- E agora?
- Escolho o diabinho.

Obs.: Foi só um pensamento, não será permitido comentários. Quer dar sua opnião? tem uma enquete na coluna ao lado.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Capitulo XIII

Era uma vez ...

- Nem todo mundo vai entender; Mas esta la em 'paixões': é como possuir estrelas. Disse ela.
- Falou em estrelas, eu lembro logo do livro. Eu respondi.
Ela então, relembra um trecho...
- Ele disse "possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe. É útil para os meus vulcões, e útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu - o homem que contabiliza estrelas e se acha rico por isso - não és útil às estrelas ...
Ela então complementa,
- É como paixão. Pra quer contarmos com aquilo que nunca poderemos possuir? chamar de "meu".
- Eu quero ler esse livro. Interrompe o Bi-universitário.
- Lindo isso. Eu respondo com a mesma cara de quando li isso nas páginas daquele livro.


•••

- E de que te serve possuir as estrelas?
disse o principezinho.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Calvin #2


Clique na imagem para ampliar.

/malvadenho 666'

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Entra e fecha a porta -

A CA BOU todo sentimento, a espera, a expectativa, as repostas...as perguntas. E então pergunto, quando entras numa sala [talvez escura, pra dar um suspense] tem mais medo dela se estiver cheia ou vazia? sem duvidas o vazio é pior. Mas nos falta o que fazer/cuidar/observar/apaixonar e só nos resta nós mesmos; então aí o tempo e atenção é toda nossa. Nos sobra também espaço pra preenchemos aquilo tudo novamente, com novos medos [porque os anteriores tiramos de lá e não nos assustam mais],novos amores, novos sei lá mais o que... Então deixamos de chamar o batente da porta desta sala de "linha de chegada" e passamos a chama-la de "Partida". Preencha essas prateleiras com ódio, vinganças, amores, amizades, sonhos e todas essas coisas que só nos faz bem [mesmo que seja no finaaal]. "Falo assim sem tristeza / Falo por acreditar / Que é cobrando o que fomos / Que nós iremos crescer...


Outros outubros virão. Outras manhãs plenas de sol e de luz'

o que foi feito da [outra] vida? o que foi feito do amor?
- essas estão pintados nas paredes, encravados nas molduras. Esses sempre estaram por lá... sempre!