sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aos Deuses


Renascerei do amor bento de lágrimas

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sem cola


Daqui do cotidiano nem tudo é normal. Nem todas as frases de efeito produzem efeito. Nem todas ditos eximem-se de contradições. Me contradigo nas colheres de açúcar do café e, principalmente, das doses de meu afeto. Eu troco o meio-amargo pelo trufado, doce pela pimenta, imagem por ciúmes. A posse é dilema do amor e não cabe os conceitos ensaiados em auges do ego. Tão pouco cabe os meus sorrisos externos - do fôlego até aqui - até os meus receios internos coloridos em vermelho pelas marcas já traçadas num baú de textos, e nele, mais detalhados que a própria memória em vida. É a conscientização da mudança e, mais precisamente, divergência desta do conceito de evolução.



No fundo eu sou otimista

Mas eu sempre penso o pior
Me cansa essa vida de artista
Mas cada vez o prazer é maior
______________________________

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Fôlego


De todos os textos , fui grato. De onde me surgiu esse vácuo, ou essas datas antigas e insossas por tanto tempo em minha última feição em tela? Dos meses, fui atento. Atento à não sobrar-me tempo. A blefar quatro ais à mão quando eu apostava dias e meses de fichas – sem nunca  querer olhar o que há de certo em minha mão. E se dessa continuidade de texto metafórico alguém espera alguma solução, engana-se. Não é ficção. É jogo viciado. Eu, sou todo números oscilantes nas cartadas do jogo.  Às vezes sou grande, outras minúsculo.  Teve valete que virou Rei. Assim, dessa forma, e não sabendo eu – nem por um momento – a certeza de que estava dedicando meu dormir e meu acordar cotidiano à cartada certa; ausentei-me  de tudo que pudesse definir afinal.  Mas, sou todo regra. Todo. Inteiro. Perversão. Comoção. Traição. Canceriano. Infinitas notas da canção , não são música alguma sem qualquer audição. Percorro esse meu cotidiano, à dois, pondo-me sempre em espera. Duas. A espera da realidade crua, uma bomba relógio (na verdade, só o relógio – pra te mostrar tempo perdido);  a espera do joelho invadir o meio de meus dois joelhos no meio da noite de sono e eu ter meu travesseiro de pele e pelo.  Eu que escrevi todas as exceções, ando todo regra.  E talvez a explosão me renda bons textos, cálculos de horas perdidas e desejos auto-afirmativos [dos quais tu já és repleto]. Mas não, hoje sou eu mesmo. Sem denominar-me regra, carta, ponteiro. Eu sou demasiado completo, ocupado e lírico no que falo antes de ‘boa noite, amor’.  Sou errado, vendido e mortal.  Cobro a linha, mas sou parte viés. Mortal, então e enfim. Sou o outro lado da corda, eu rompo a cada vez que não pareces comigo. Em palavras me vejo tese reprovada desse último semestre. Em atos sou contradição de meus rascunhos em grafite e histórico. Eu brindo meu encontro com café pra me manter acordado. Mas sou macio e não quebro. És esse tempo de mim, quiçá, parte. A minha história divida é risco e prazer. Minha pele invadida é paixão, e também, prazer. Mas eu aproveito pra confessar, eu sou assim. Ninguém tem exclusividade não. Percorra tua gargalhada na minha linha do tempo, que eu gosto. Agenda de telefone já não é apólice de seguro. Põe-me a mesa com apelido brega e me compra inteiro pelo tempo e pelo tempero que quiser. Eu ainda fecho os olhos listando-me atitudes do dia de amanhã que sempre se quebram no café da manhã. És moeda de compra em constelação de câncer. E eu sei que sou a ficha mais alta que podes apostar e essa é a minha aposta para o futuro – qual seja ele. Até lá, me deixe respirar mais do teu ar.