segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sem cola


Daqui do cotidiano nem tudo é normal. Nem todas as frases de efeito produzem efeito. Nem todas ditos eximem-se de contradições. Me contradigo nas colheres de açúcar do café e, principalmente, das doses de meu afeto. Eu troco o meio-amargo pelo trufado, doce pela pimenta, imagem por ciúmes. A posse é dilema do amor e não cabe os conceitos ensaiados em auges do ego. Tão pouco cabe os meus sorrisos externos - do fôlego até aqui - até os meus receios internos coloridos em vermelho pelas marcas já traçadas num baú de textos, e nele, mais detalhados que a própria memória em vida. É a conscientização da mudança e, mais precisamente, divergência desta do conceito de evolução.



No fundo eu sou otimista

Mas eu sempre penso o pior
Me cansa essa vida de artista
Mas cada vez o prazer é maior
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