quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sombra de outro sonho

Naquela noite o tempo era marcado regressivamente para a hora de despertar outra vez. A luz da lua cheia pela primeira vez pareceu inconveniente; mais um fator a agravar seus pensamentos naquela noite. Era como se ali tivesse que optar, decidir o que mau entendia das perguntas; das quase nulas opções. Sabia que a brisa lhe ajudaria a dormir, então espera ouvindo o coração bater. Tenta dar-se um lema - verdade é qualquer coisa que pareça distante da palavra 'escolha'. Faz zum, zum. Engole saliva. E nada do sono. Perde a noção do tempo, aperta as pálpebras pra não ver o Sol nascendo [não ainda faltam horas e horas]. Será que demora? Entre tantas perguntas de nada serve mais uma. Reconta todas as suas perdas, todos seus ganhos. Há a segunda opção? Subtrai, subtrai subtrai... Levanta, cumpri mais um ritual. Fecha a janela, deita. Não dorme. Naquela noite o tempo era marcado regressivamente para a hora de despertar outra vez. A luz da lua cheia pela segunda vez {...} Sorri, e dorme.

Outra noite
Outro sono

Como se eu sonhasse o sonho
De outro dono
Outro fumo, uma outra cinza

Outra manhã
Mordo a fruta
Outro é o sumo
Ando pela mesma casa
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Com outro prumo, outra sombra, outono

Um comentário:

Amanda Silveira disse...

e eu aqui, querendo a receita mais incrível para não sentir sono ...