terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O sopro, o suspiro e as asas - parte 3 de 3.


Noite de frio. Começa então a passar pela mente quanto calor fez naquela manhã. Mas nada afasta a fumaça que sai da boca em todas as juras pensadas que são feitas. De frente, chega perto e traz calor. Mais perto, mais calor. Divide então a mesma pulsação no peito. Há calor aqui dentro. Há frio. Há frio aqui fora - cortante como vento que, por vezes, vem de dentro. Vento demais, brisa demais faz encolher as asas. Fechar-se um pouco. É de aprender a cada dia que há medidas para as coisas. A dose certa de suor no sopro ao pé do ouvido, a quantidade de suspiros que lhe cabem numa  temporada e a hora de fechar as asas e voltar ao ponto de partida - respirar. Respirar para quando novamente voar, tirarem todo esse ar.

2 comentários:

Tiago Fagner disse...

:O
Rapaz é impressão ou isso é a descrição de uma penetração???

Se for adorei!
Ah foda, vc n liberar o post versado para comentários. Ficou foda! "O gozo, a reza e a parte nula.
Fervendo." Puts demais!

Victor Moraes, disse...

Eu adoro essas variadas interpretações. haha