sábado, 15 de maio de 2010

Trabalho silencioso


A noite começa a cair e; aqui, por entre neblina e ruídos, estive a observar tudo que estava a me tirar de orbita. Eu pude ver o jogo de cartas e pedras formar-se em imagens com mais cores e dimensões. Aqui não há barulho ou cheiros. Poucas vozes, um pouco de frio - apesar da testa suada. Há um abismo estranho e questionador entre sorrisos. Sinto-me distante de mim, a ponto de me ver flutuar ao olhar um pouco mais acima ou dentro de alguns olhos. Não há lacuna, mas revés. Um excesso de velhos pés em novo chão. Está nas previsões, no discurso e, quem sabe, em mim.