segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Samba e Amor


Nessa noite em que também não escutei tuas notas – e eu começo a contar estas nos dedos – devaneio nos tons daquelas em que perdia contas. Esbarrando nos instrumentos e nas melodias, fazia-se essa lembrança em rascunhos de papel e lençóis. Colidimos na rima do 'ir embora', sem que o chocalho – ou seja lá o que for aquilo que emite som – cessasse. Mal podia eu saber à quantas letras essas palavras iam logo nos pertencer. E esbarrávamos olhares ao final de cada estrofe tão igual aos que dávamos quando explorávamos os limites do colchão. Era o estribilho o ponteiro e as carícias o despertador. Colo e canção no vagar da madrugada. Empurramos os planos da manhã para a tarde e o 'laiá, laiá' para o refrão. Não sei se preguiçoso ou se covarde.  

...eu faço samba e amor a noite inteira ♪'

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