Sem medo da hora, com a roupa de ontem, retina desperta e cara de nunca mais. Percorrer os braços no ar na extinção proposital de ponteiros e pressa. Dedicar-se ao ego, ao papo e ao copo. Escorrem as gotas de suor em madrugada fria e os pensamentos varrem o cansaço. Há mais o que se fazer do que levar-se a sério. No sol a despontar no horizonte não se interpreta mais 'amanhã', e sim tudo que foi ontem. Ando em letras, saudosista, canceriano, planetário, flutuando, lixado e atiçado. Vou cantar as pedras, viver em primeira pessoa. Eu existo até o próximo bocejo. Engano a morte e a dúvida em cada limite. Talvez devesse agora estar com frio e sono, mas eu prefiro o teto, o texto. Prefiro hoje, junho e a vida inteira.
sábado, 4 de junho de 2011
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