sábado, 9 de outubro de 2010

Do Rascunho


Ensaiai dizeres. Fiz me verso. Abusei de limitar sentimentos colocando-os em poesia. Fiz dos tremores do corpo instrumento e da fala, canção. Eu não queria, na prosa, pronunciar amor. O tempo é eterno play, barulho. Não dá para retroceder. Tentei, por vezes, fazer-me verso. Terminei soneto. Tentei apertar um mute, ou usar borracha no rascunho. Não há obra final. Afinal agora movo-me como me traçam e ajo a depender dos botões pressionados.  

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