segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Coleção



Imerso na promessa de não alimentar com cores o que sempre me começou em branco e preto. De não gastar as canções da De La Riva, ou rimas do Jeneci. De ser assim, pouco sincero. Pelo menos, enquanto for pra ser. E de colecionar mais do mesmo. De chamar obrigação de pecado. Chamar pecado de lei. Trocar consolo e paixão. Pudor, preliminar. E fazer cena de cada desfecho. Foi meio Almodóvar, meio Fellini ...assim bem – clichê – música do lenine. Com doses menos saudosistas, astrológica e exageradamente. Com mais vertentes. Secamente pouco maleável. Esse histórico que se torna letras de post-it e fios de lã no dedo. E é muito do pouco que sobra. Um tanto do que ainda se tem. No olhar pro lado, pro presente, estimativas em cada célula que vou possuir até o fim dessa noite. Amanhã de manhã, estatísticas. Repleto da não-satisfação. Sorriso à face e lã ao dedo.

Um comentário:

Thaís disse...

Leio as coisas que você escreve e me apaixono :)