quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tiene le hechizo


De rédias à controle. É um pouco do que se tem que ter em cada uma delas. E quando a ela os foge deito a cabeça na lembrança daquele corpo. Da situação. De estar imerso nesta, atado pelo movimento de alguns cabelos como se esses pudessem alcançar-me os pulsos. Como toda agua que deve compor ciclos, como todo vento que deve varrer memórias, como toda fumaça procura pulmões, como toda ação espera – inquietamente – uma reação, como todo canhoto que é destro no cérebro. Posso escapar dessa fugindo à uma dose de razão, à uma endorfina, adrenalina, anfetamina ou ainda preencher palavras cruzadas. Distrair. Mas nada há de erguer o corpo debruçado na espera do que ainda pode ser. Ainda que meu fôlego já pareça cansado e que minha razão grite que eu olho para olhos e que estes olham para o mundo. Ainda que o novo seja apenas o que olhe. Me carregue de volta para as horas que estávamos próximos e que, desobedientes, passaram. Eu quero cansar meus braços e ouvir-te perguntar da minha ausência de medo. Me diga muito do que ainda tenho que absorver. Quando não me pertenço é assim. Me faça ver-te de alguma forma que eu não perca o sono. Antes, diga novamente que o sol nasceu só pra gente. Só para ter certeza.  

...i said it once before but it bears repeating ♪'

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