domingo, 24 de maio de 2009

Escreva

Ei, mundo, eu não vou mais esperar pelo Sol na janela do quarto ouvindo Jorge Drexler. Não vai adiantar repetir as doses de perdas. Não vai adiantar as máscaras do Roger Walters.

Pedi pra perder 365 dias da minha missão pra ir pra um lugar que, na real, não tem nada de interessante a me ensinar. Há bem mais o que aprender com as minhas 'más companhias'.

Não vou fazer as coisas sempre certas como minha irmã, muito menos farei coisas erradas. Simplesmente faço o quero e, só assim, não mudo minha essência.

Certa vez ouvi que quando você pede algo com muita vontade, Deus é o cara que diz 'não'. Quando morrer não vou levar minhas notas 10, nem a capa da revista Negócios, muito menos a medalha de 2º lugar na natação.

Eu vou cansar de implorar pelo que eu nem quero. Hora dessas volto pra coisas que realmente gosto. Coisas repletas de cores, aromas artificiais e que murcham com o tempo. E vão ofertar na bandeja tudo que hoje peço. E eu vou dizer: NÃO.

Não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não (...)

sábado, 23 de maio de 2009

Creio

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a


Jorge Drexler - Al otro lado del rio

terça-feira, 12 de maio de 2009

Deixo


Alguém assim, nada comum, não poderia passar sem rastros sem deixar, nas memórias,
uma presença conturbada numa mistura de agrado e antipatia.
Um sono para as coisas práticas, um colírio para o turvo do mundo,
um barulho no mais perplexo dos silêncios.
A perfeita morada onde não cabe monotonia,
o tom da mancha na parede mais branca.
A própria inquietude. Um novo tom e novas cores a cada hora.
A resposta do último questionamento do último segundo ou,
quem sabe, a própria dúvida.
Extraordináriamente só mais alguém.