quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Números
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Sua lei (Dori Caymmi Feelings)
É o amor outra vez
Veio sem me avisar
Todo o mal se desfêz
Toda dor teve fim
Pois quem cuida de mim
É o amor outra vez
Todo o bem que me fez
Vou seguir sua lei
No meu peito, meu rei
É o amor outra vez ♪
Sonhei
domingo, 27 de dezembro de 2009
De estimação.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Supremacia
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Replay
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Da série 'Rascunhos': Eclipse Oculto
there'll never be
And don't it make you sad about it
Why did you leave me, all alone
Now you tell me you need me
When you call me, on the phone
Girl I refuse, you must have me confused
With some other guy
Your bridges were burned,
and now it's your turn to cry
That somethings are better left unsaid
It wasn't like you only talked to him and you know it
(Don't act like you don't know it)
All of these things people told me
Keep messing with my head
(Messing with my head)
You should've picked honesty
Then you may not have blown it
[What goes around, goes around, goes around...Comes all the way back around]
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Dois tempos
É sua essa temperatura
Era pra ser hoje. Já foi. Será.
Me corto em pedaços - me aqueça!
Me destino, me desvio, por vezes.
Vivi, escrevo e imagino.
Me desconcertei e te farei.
Nos mesmos minutos.
Na sua decada a mais.
O gozo, a reza e a parte nula.
Fervendo.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
O sopro, o suspiro e as asas - parte 3 de 3.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
O sopro, o suspiro e as asas - parte 2 de 3.
domingo, 20 de dezembro de 2009
O sopro, o suspiro e as asas - parte 1 de 3.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Ponto alto
Pintaria tua pele de vermelho deixar redor para as minhas marcas. Te deixaria me balançar. Perderia minhas palavras. Subiria teus degraus. Te faria desleal. Infiel. Te daria o pecado pelo perdão. Me desintoxicaria. Me sujaria. Faria rebelião nos meus anseios. Seus seios. Olharia a hora pelo gosto de perde-la. Faria-me cetico e mistico. A luz naquela janela. A mão da outra. Seria o pano que te cobre, a produção das gotas que transpirarias. Seu quinto elemento. Bica, de onde escorre tua agua. Tua ponte pra cá. Tua vista, cartão postal. Lágrimas de tua ira.Visão de teu ponto alto.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Reservado
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Linhas Paralelas
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Texto em dobro
I'm better off without it
sábado, 12 de dezembro de 2009
Camará
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Texto tênue
O que não tem duas partes, na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na lama
________________
Canta pra mim, Ney!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Toca Raul!
- All right, man!
Estou sentado em minha cama
tomando meu café prá fumar
trancado dentro de mim mesmo
...eu sou um canceriano sem lar ♪
Eu tomo café pra mim não chorar
pergunto à nuvem preta quando o sol vai brilhar
- Play the blues!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Sinestesia

VAI VER SE EU TÔ LÁ NA ESQUINA,
devo estar.
Hoje eu quero sair só!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Sem destino nem sensatez
eu tô com vontade de fazer pra te prender
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Entre o chão e os ares II
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Maçãs vermelhas cortadas
Volver II
É, os dedos cansam na quantidade. Pobres, deixariam de existir na qualidade.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
bailar ♫
If you wanna just SCREAM
- scream your lungs out -
If you wanna just cry
- cry your eyes out -
♫
I’mma do my thing
(that’s what I’m about)
You can cry your eyes out of your head
Baby, baby: I don’t care, I don’t care I don’t care I don’t care...
You can cry cry cry again again again
My face’s like a mannequin ♪'
domingo, 15 de novembro de 2009
Resta um
sábado, 14 de novembro de 2009
Inquieto ponteiro
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O que lhe vale
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Volver
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo
que lloro otra vez ♫
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Boomerangue
Desperadamente eu grito em português {...}
Eu quero que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês '
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Governamental
Lembro-me bem dos muros de antipatia que criava em torno de mim afim de aprisiornar-me em tudo que só a mim interessava. As cores, o agito e os sorrisos não existiam lá do outro lado. Eram discussões num total branco e preto. Não pude, em toda a minha essência, aprisionar-me num individualismo infantil quand0 todas variações – ainda em mono cor – me atingiram e acenaram com mais veemência do meu futuro pertencente total ao outro lado do muro. O outro, o desconhecido, passou a fazer parte da calçada. Mundo mostrando-me assim maior – e muito mais ruim – que todos os pés descalços que me alegravam-se nos paralelepipedos da rua 'H'e 'E'. Abrir os olhos não foi uma experiência tão dolorida quanto pra maioria. Sim, 'maioria' finalmente tornou-se uma palavra em meu vocabulário. Quando vi que mudanças benéficas não poderiam acontecer a mim e a minha nova palavra amarrei uma venda em meus olhos. Não tão diferentes daquelas paredes. Mas há caminhos tão variados e sutis para as mesmas coisas. Sutilmente, feito o embalo de alguns sambas, feito o estribilho de algumas letras, com a sabedoria de alguns ídolos, percebi que adentrava todo um dicionário, de procuras eternas por significados, pelos ouvidos. Sem filtro, aquilo passava por algum tipo de processo dentro mim e escapava-me pela boca. Ainda escapa. O hoje e agora em colunas feitas de palavras começou a funcionar como as cartas de tarot. Como uma ideia que poderia trabalhar em minha mente sem dissociar meu ego daquela minha primeira importante palavra com 'M'. A total desilusão governamental cobriu todos os pés de todas minhas ruas. Seria um nova onda ou puro efeito das idades que encurtavam suas pontes entre seus números? Sei agora que tenho mais o que pensar além da resposta pra essa pergunta. Falando no presente, encontrei na mono cor um - erroneamente chamado por muitos - mono tema. Sustentabilidade agora é uma palavra que veste saias e enfeita-se com colar de sementes. Mostrou a mim que os pés descalços da minha 'maioria' pisavam em terra fértil de ouro marrom. Que não ficariam muito tempo equilibrados ali se uma lama de gana e fios inunda-se ainda mais o que nos serve de sustento. Há uma nova cor além de preto, branco e o – já desbotado – vermelho. Há no meu dicionário há uma palavra chamada 'verde' que não se diferencia das cores daquelas ruas antigas, já citadas, nem mesmo do meu sentimento ganho ao olhar todos que transitavam nas calçadas. Posso notar agora que a venda que pus nos olhos, não é tão diferente daquela existente em estátuas em frente a fóruns. Que o governamentalismo derrubou o meu muro tal como o que caiu em 8 de novembro de 1989. Esse tombo foi causado à marretadas de consciência que sozinho posso fazer algo, posso fazer justiça, posso criar novos daqueles círculos. Que fechar os olhos não impede os ouvidos de funcionarem, a boca de mover-se, o coração de fazer algo além de bombear sangue, nem a derme de arrepiar-se. Vi que posso por vendas e que elas não impedem o todo de injetar em minhas veias um sentimento profundo que há de correr mundo como pulsar de conversas politicas em mesas de bar.
sábado, 31 de outubro de 2009
Claro/Escuro
Melhor esquecer. Já vi a luz o suficiente. Quero ver amanhã - claridade, calor, cimento e pedra! Daí então parte de mim as palavras desesperançosas, nada melódicas - como tudo que vem de mim não é - que faz desacreditarem em toda poesia que transpiro. É isso que, talvez, queira exalar. Estranho em mim mais que à qualquer pessoa. E quero acordar amanhã e não pensar assim, mas me conhecendo em todos os meus silêncios e barulhos sei porque faço assim. Barreiras do 'melhor assim' que brotam em mim. Como cicatrizantes em troncos de árvores. Sem, quem sabe, querer. E num revezamento de claro e escuro o tempo e oportunidade passam. Nada mais comum que isso na vida. Tudo sem querer parecer o 'melódico' já citado, apesar da música e das gotas na janela. E não, eu nunca esqueço.
Não pode
Y andar arrojando a los cerdos miles de perlas
La tortura - Shakira
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Peito Aberto
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A novidade
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Sem ilusão; Sem nostalgia
"A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna, é que o capricho dura um pouco mais" Oscar Wilde
terça-feira, 13 de outubro de 2009
eco
As minhas palavras andam imponentes, as decisões - dizem seguras - como dedo indicador em riste. É que aquele olhar para baixo, depois que se vira pro outro lado da cama, tão comum pra alguns, como eu, andam escondidos. Mas não deixam de existir. De consumir. De pedir abrigo. Cabanas, braços.
E o sorriso é o mesmo, mesmo que vida diga não. E ela nem disse isso.
alumbrando desde otro tiempo,
una hoja lejana que lleva y que trae el viento.
eco, eco...
ocupando de a poco el espacio
de mi abrazo hueco
Quem vai quebrar?
O Grande Mestre e o Guardião dividiam a administração de um mosteiro zen. Certo dia, o Guardião morreu e foi preciso substituí-lo. O Grande Mestre reuniu todos os discípulos para escolher quem teria a honra de trabalhar diretamente ao seu lado.
“Vou apresentar um problema”, disse o Grande Mestre. “E aquele que o resolver primeiro, será o novo Guardião do templo”.
Terminado o seu curtíssimo discurso, colocou um banquinho no centro da sala. Em cima estava um vaso de porcelana caríssimo, com uma rosa vermelha a enfeitá-lo. “Eis o problema”, disse o Grande Mestre.
Os discípulos contemplavam, perplexos, o que viam: os desenhos sofisticados e raros da porcelana, a frescura e a elegância da flor. O que representava aquilo? O que fazer? Qual seria o enigma?
Depois de alguns minutos, um dos discípulos levantou-se, olhou o mestre e os alunos a sua volta. Depois, caminhou resolutamente até o vaso, e atirou-o no chão, destruíndo-o.
“Você é o novo Guardião”, disse o Grande Mestre para o aluno. Assim que ele voltou ao seu lugar, explicou: “Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema. Não importa quão belo e fascinante seja, um problema tem que ser eliminado”.
“Um problema é um problema; pode ser um vaso de porcelana muito raro, um lindo amor que já não faz mais sentido, um caminho que precisa ser abandonado - mas que insistimos em percorrê-lo porque nos traz conforto”, disse. “Só existe uma maneira de lidar com um problema: atacando-o de frente”.
“Nessas horas, não se pode ter piedade, nem ser tentado pelo lado fascinante que qualquer conflito carrega consigo”.
sábado, 10 de outubro de 2009
Pela lei natural dos encontros

♫
Don’t tell me that my masterplan
Ain't coming through
Don't tell me that I won't
I will
♪
Don't tell me cause I know what's real
What I can do
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Outra maneira
sábado, 3 de outubro de 2009
180º
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Lances
I've never looked for trouble
But I've never ran
I don't take no orders
From no kind of man
I'm only made out
Of flesh, blood and bone
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Procure no mapa
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Categoricamente
sábado, 19 de setembro de 2009
Coreograficamente
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Mudo.
Não há ninguém em mim. Arranhões na porta, vestígios de jeans nas cercas. Mas nada completo. Nada de tragédias inglesas e dramas banais. É uma dose mais forte. Lenta. É quando morre em mim o sonho compartilhado. É quando me calo. Vejo, ao olhar o espelho, que não tenho o que dizer só e simplesmente porque não há mais nada para falar. Surge como doença, não característica, uma aversão à repetição, repetição, repetição, repetição. Um breve pavor ao perceber os primeiros calafrios aonde morava o calor. Eu não mudei nos últimos quatro ou cinco portos que parei. Eu deixei avisos escritos à suor em pele morena. Deixei meu silêncio em resposta aos demais estribilhos. Não há nada que me faça errado, e não é disso que eu vivo.
...I'm only made out of flesh, blood and bone...♫ ♪
Eu não sei quem escreveu
"Já passamos muitas aflições, também jogamos 'tudo ou nada' e não foi bom. Já nos despedimos, mas depois só sentimos pena de nós dois. Que somos assim, já sabemos de cor, lamentamos muito por não ter realizado algo maior ou bem melhor {...} Eu, você - juntos na vida outra vez. Mas não dói, não. Só vim pra dar parabéns. Sim, parabéns pra nós, os passionais. Que, também como nós, se vão, voltam atrás. Que, assim como nós, não têm paz. Parabéns para nós, irracionais. Parabéns para nós, sem rivais. Parabéns para nós, parceiros infernais."
_________
j'adore
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
2
♫
Hay tantas cosas
Yo sólo preciso dos...
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Feito outra oração de boêmios
sábado, 22 de agosto de 2009
Som alto e café
E desconhece do relógio o velho futuro.
O tempo escorre num piscar de olhos.
E dura muito além dos nossos sonhos mais puros ♫'
Ou se estarei aqui na primavera futura.
Posso brincar de eternidade agora.
Sem culpa nenhuma ♪'
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Quinze minutos e tanto
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Estranho
Não gostei do que vi nesse espelho hoje. Não falo de ter esquecido a benzoíla, ou coisa do tipo. Vi o retrato de alguém que, com todo senso que lhe fora obrigado a aprender, não gosta de perder o controle. De alguém que acorda com palavras de amor na cabeça, que dorme traindo a companhia mais fiel na cama - o travesseiro. A imagem que vi, de prazer, não me agrada. Não era pra ser assim. Mas é. Imerso nisso. Completo e constante. E em troca, a face na superfície mostra marcas. Marcas de não ser entendido. De não darem devido valor ao seu - automático - esforço. Do máximo que pode entregar não ser suficiente. De tolerar frases de almanaque. Mas vai passar. Não vai?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Feito oração de boêmios
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Aminésia
Tinha planos pra escrever. Mas a música me fez esquecer. Tinha planos do que escrever, e acho que procurei algo pra que pudesse esquecer. Talvez eu não queira mesmo dizer. Quem sabe. Poderia arrumar metáforas ou usar palavras em codificações tão comuns por aqui, mas os entenderes são tantos a quem pertence e não. Mas a música tocou. Ela tocou.
Nem tudo que reluz corrompe
Nem tudo que é bonito aparenta
Nem tudo que é infalível se aguentaNem tudo que ilude mente
Nem tudo que é gostoso tá quente
Nem tudo que se encaixa é pra sempre{...}
Nem tudo que acaba aqui
Deixa de ser infinito
♪
/távazio
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Amarela
Tu es ma came
A toi tous mes soupirs, mes poèmes
Pour toi toutes mes prières sous la lune
A toi ma disgrâce et ma fortune
domingo, 2 de agosto de 2009
É, me esqueci da luz da cozinha acesa
Minha fé deu nó
Minha fé em pó solúvel
♪
domingo, 26 de julho de 2009
O segundo
Pego-me na necessidade de voltar a falar do tempo. Pra ser mais sincero no presente. Vejo que não é possível falar – ou até mesmo viver – este, sem que o passado e o futuro sejam, consciente ou inconsciemente, citados. A cada atitude do presente contabilizamos às suas consequências posteriores. E, parando pra olhar o passado, o presente é resultado do que contabilizamos no ontem. Então, saio da terceira e fria pessoa pra falar na primeira e sonhadora. O futuro me visitou hoje. Ele veio coberto de palavras bonitas nunca pronunciadas em idioma algum. O tipo de coisas que se diz em silêncio. E na sua outra face trouxe todos os anseios, medos, perspectivas e a grande possibilidade de um dia, novamente, eu - infelizmente - acordar. É como se essa visita fosse apenas um cenário, sem corpo ou almas humanas. O cenário é o grande palco deste sonho. Posso imaginar toda a plateia ou até mesmo quem estará debaixo do meu foco de iluminação. Sem saber se haverá comédia, romance ou tragédia. Desta última nos lembramos mais. Daí o medo de abrir os novos contos e a vontade racional de fechar à porta na cara do futuro que veio a visita.
Detesto esse meu lado racional. O oposto também me dá medo. Vi com este primeiro que de nada adianta voar sem saber pra onde. Mas com o segundo me sinto tentado a alçar o voo mesmo assim. É com o lado lógico persistindo no futuro que não se faz do presente algo completo. Mas estou repleto de você. Da cabeça aos pés.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Sweet Dreams - Parte II
E não tava dormindo!
Justo ao contrário,
Estava bem desperto...
{...}
Quem dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo!
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo ♪'
domingo, 12 de julho de 2009
Alguma cidade submersa
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
{...}
Futuros amantes, quiçá ♪
~
you know, i'm no good
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Subo o rio no contra-fluxo à margem da loucura
Os planos foram abandonados e deixei que eles me levassem - como faz o capitão de um navio naufragado. O aniversário, sem significados. Os amores, sem telefones. Parece que algum Deus parou o trabalho de traçar destinos pra tomar um café e esqueceu de continuar com certas linhas. Mas o som, ah, o som, esse nunca perde o embalo.
sábado, 4 de julho de 2009
Sweet dreams
Apertei as pálpebras e decidi sonhar. Não, não falo de dormir. Falo de concentrar no ar que respiro e tentar formular um sonho em minha mente. Era tão fácil construir esses castelos de ilusões antigamente. Agora o esforço pesa com punhados de realidade sob a missão. É como se as vontades fossem só vontades, sem elos pra formar um desejo. As imagens começam a surgir em branco e preto, formas soltas, verbos, desenhos, anos e anos. Nada pra dar a liga desses quereres. Não há nada em mim que forme um sonho. Sem tapetes voadores quanto mais lâmpadas e gênios. O superego pisoteia o ego e o id. Perco-me no som da respiração, e me pego na realidade. Recomeçar o exercício. Sonhar com um sonho. Tento não numerar ou listar o que me vem a cabeça como uma lista de super-mercado. É mais esforço. É como se o silêncio batesse na porta tentando quebrar a linha de raciocínio, propositalmente, nada lógico. E nessa tentativa falida o Sol nasce sem pra quê nem porque mais uma vez. E tantas vezes ele vai surgir pra nada se coisa algumaquiser de verdade. Alguém recoste minha cabeça num travesseiro de bobagens, daquelas que a gente não conta a ninguém e que pensa nelas antes de dormir. Elas se foram e levaram todos os motivos pra acordar amanhã.
Who am I to disagree?
{...}
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Ecos
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Do frio
As gotas já escorrem pelo lado de dentro do vidro da janela. Do lado de lá a neblina passeia e esconde o que já estava chato de se ver todos os dias. O frio chegou. Sabia que mais cedo ou mais tarde ele chegaria. Tomaria visão, atrapalharia a respiração e depois iria embora. Mas ainda não foi. O frio traz a vontade de pele; junta as pessoas que procuram por calor humano. Eu vou me enrolar nesse manto e esperar pela próxima estação. Ou alguém pode vir até aqui e trazer cor, arte e calor.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Como queimar as cartas de amor
You've got 4&20 hours
Just one day to prove to me
That your love has got the power
To make me believe
Or take me where I wanna be
A paixão é como Deus / Que quando quer / Me toma todo o pensamento
♪
Dirige os meus movimentos / Meu passo é teu / Meu pulso é desse todo poderoso sentimento
sábado, 13 de junho de 2009
A nova cor
Olho para esse tal horizonte cheio de cotidianos dentro de tantas paredes e possibilidades e, ainda sim, acho tudo pequeno. Acho mesmo que falta descobrirem um som ou, quem sabe, uma nova cor. Algo que deixe o futuro mais interessante. Claro que quero fazer parte disso. Mas, não sei se estou disposto a dar os primeiros passos mais. Não mais.
Daqui tudo parece mesquinho. Quase nada parece interessante. Sei o que riscar nessa folha em branco - só não sei como. Preguiça de descobrir ou de suportar as larvas para um dia ver as borboletas. Vontade de desfazer o sorriso temporário que vem cada vez que esqueço que tenho que acordar no outro dia. E a grandeza imposta parece um fardo. Quem quer carrega-lo!?
O vento vai pra sei-lá-onde. Traz alegrias e tristezas. Eu, como ele sopro pelas ruas e pelas janelas dos quartos. Passo!
Quero estar em dois ou três lugares agora. Não sei porque, mas algo me diz que nenhum deles é o certo. Já não posso dizer que faço que gosto. Não faço nem o que tenho que fazer. Só não sei e pronto. Ponto. Isso basta pra definir o que gasto tempo. Há tempos não falo assim, em 1ª pessoa.
Tem uma imensidão em minha frente e eu quero parar.
Já não sei o que faço e, de certa forma, gosto mesmo assim.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Caetanear o que há de bom!
p.s.: obrigado aos amigos que deram mais cor nesse céu. (hein Dani bonitinha de caê!?)
p.s.2: fotos, coloco depois.
domingo, 24 de maio de 2009
Escreva
Pedi pra perder 365 dias da minha missão pra ir pra um lugar que, na real, não tem nada de interessante a me ensinar. Há bem mais o que aprender com as minhas 'más companhias'.
Não vou fazer as coisas sempre certas como minha irmã, muito menos farei coisas erradas. Simplesmente faço o quero e, só assim, não mudo minha essência.
Certa vez ouvi que quando você pede algo com muita vontade, Deus é o cara que diz 'não'. Quando morrer não vou levar minhas notas 10, nem a capa da revista Negócios, muito menos a medalha de 2º lugar na natação.
Eu vou cansar de implorar pelo que eu nem quero. Hora dessas volto pra coisas que realmente gosto. Coisas repletas de cores, aromas artificiais e que murcham com o tempo. E vão ofertar na bandeja tudo que hoje peço. E eu vou dizer: NÃO.
Não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não,não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não , não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não (...)
sábado, 23 de maio de 2009
Creio
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río
Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío
Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a
♪
Jorge Drexler - Al otro lado del rio
terça-feira, 12 de maio de 2009
Deixo
Alguém assim, nada comum, não poderia passar sem rastros sem deixar, nas memórias,
uma presença conturbada numa mistura de agrado e antipatia.
Um sono para as coisas práticas, um colírio para o turvo do mundo,
um barulho no mais perplexo dos silêncios.
A perfeita morada onde não cabe monotonia,
o tom da mancha na parede mais branca.
A própria inquietude. Um novo tom e novas cores a cada hora.
A resposta do último questionamento do último segundo ou,
quem sabe, a própria dúvida.
Extraordináriamente só mais alguém.
quinta-feira, 30 de abril de 2009
Tarde cinzenta 2 - Um instante
Tarde cinzenta 1
Bom dia!
A pior parte de você sou eu — Salvei essa frase no celular, ou em algum lugar e certamente achei que ela poderia dar um texto. Tanto tempo depois, será que eu já previa o ponto que as coisas chegariam!? Por fora sou todo amor, talvez, teu cais. Por dentro sou proveito, maré, defeito, colo e exaustão. Mas antes não foi; em cada instante que passou. Mas o presente já não tolera as mesmas falas, manias do passado. O que ficou de mim foi o 'velho texto batido' em desejo de ser todas as faces que puder e não compartilhar todas elas com um só alguém. Eu - felizmente ou infelizmente - não posso ser de ninguém, porque não sou nem de mim mesmo. Essa história nada cresceu, só se arrastou por entre afinidades e por uma especie de desejo recíproco. Não, e eu não sou Chico pra transformar abstrato em palavras. É tudo pra total entendimento de dois. Mesmo que se arraste, que caía um pouco, ou até canse, não há como ter tanto em palavras.
Mora em mim
O gesto, voz, palavras, luz. Um conjunto de coisas que questionam qual herança deixar ao mundo. As palavras, a cena, o som, piso. Coisas que não se comem, que não se exibe, que servem pra existir e só. Pra te fazer ser e pra os outros sentirem.
Parede, portas, janelas, relógios, calendário. Um monte de algemas e correntes tomando outras formas.
Orgulho, ego e falta só mais um passo.
minha carne é de carnaval,
meu coração é igual ♪♪♪'
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Texto num papel de pão
Isis, eu quero um texto que exprima todo meu sentimento, todas as cenas - bonitas e trágicas - usando uma linguagem chula. Abrir o dicionário da mente e metarfosiar o cotidiano, coisas assim pra mostrar conhecimento, já era! Bem sábios são aqueles que dizem como 'tá foda' sem precisar narrar a entrada do ar nos pulmões. Dizer que 'essa porra toda é bonita' sem descrever a dança de uma fumaça na meia-luz. Quero o dom do dizer, não do escrever. Falar de feira, muro pixado, corno, grito, dinheiro, ônibus, vendedor e pirata. Saber o 'dito' sem a censura que a beleza dá à verdade. Parar de falar das chuvas quando se há mais coisas a se fazer com um pingo d'água. Falar em realidade sem estabelecer comparação com a ilusão. Falar sobre comer porcaria, assistir mentirinha e pôr à mesa a obra para comer, não admirar. Admirar nem é usufruir. Quero a bagagem daquele mendigo na porta da igreja que é bem mais extensa que o escrito no livro que fica na mão daquele homem fantasiado, dentro dela. Me perder no cordel mais do que na biblioteca de Alexandria. Na lata, bala, uma plantação e escrever num papel de pão.
Atalhos, retalhos, sobras
a matemática da arte em papel de pão ♪
Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior ♪