O que bem faz aí? Anda com as palavras rodeadas de pontos de continuidade e pontos finais. Dá volta com o corpo em outros corpos. Abre a guarda e pões fios de nylon no coração. Por vezes, fecha-se e põe mais prazer no lugar do que havia de ser a próxima canção. O que vai deixar pra fazer amanhã? Vai adiar um encontro, [des]crente que outros tantos desse virão. Depois pôr a mesa e dar lugar. Percorrer esses ciclos; perder-se em rima, desafiar-se no sono, distrair-se com a chuva, contabilizar gotas de suor. Sei que talvez quisesse ser uma dessas. A percorrer pele, a ser um sinal de cansaço, brotar dos poros e nele debruçar-se e secar. Quanto tempo vai perder amanhã à noite? Vai parar de medir a lua – porque ela não está ali pra isso. Vai descrever o sexo pra acompanhar o cigarro. Querer ganhar o tempo de agora, para no futuro poder perdê-lo sem culpa. Vai, quem sabe, abandonar o texto...
domingo, 20 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Nossa! Que texto! Acho que me sinto bem assim exatamente agora...
A sensação que nada vai dar certo, de que toda a busca é sem sentido em si, de que no final, mais uma vez, convencerei a mim mesmo que isto tudo não basta, não serve...
Gostei muito deste site e por isso resolvi colocar uma mensagem para conhecimento de todos. Já existe uma maneira de se fazer grampo de celular. Chama-se telefone espião. Você pode encontrar no site www.celularespiao.net
Postar um comentário