
Eu não quero transformar pensamentos em palavras mas o hábito já criado me tira esses minutos, me coça a língua, me faz limitar. Abaixo o som pois já basta as letras que repetem-se na minha segunda mente. Eu desliguei os meus botões; cortei a força. Eu já acho o céu mais azul, e até as coisas que saem erradas parecem mais certas. Eu vago de noite, sem amarras. Cidadão de mim. Todo repleto de razões. Leve de emoções. Livre. Desatado, solto, nú e assim, percebendo o meu redor. Todos os sabores que sinto nas mãos. Todas as cores que sinto com paladar. Tantos toques que percebo no olhar. E nessas travessias de pedra, meu rastro pode ser ocupado por volúpia, por formas, desenvolturas. Mas esse espelho explodindo de egos e certezas hoje me mostra que nenhum outro passo deixara meu cheiro. Que nenhum músculo fará o meu som. Que nenhum conto de fadas parecerá com a minha ilusão. Com nada. E com tudo isso que hoje distribuo por ai em doses de romances e obscenidades. Que só se aperfeiçoa. Que embaraça e traz o inebrio. Que me faz cantar pelos poros:
Se você quer me seguir, não é seguro{...}
VAI VER SE EU TÔ LÁ NA ESQUINA,
devo estar.
Hoje eu quero sair só!
VAI VER SE EU TÔ LÁ NA ESQUINA,
devo estar.
Hoje eu quero sair só!
dentre os que li, teu melhor texto... Eu espero dias assim também, à noite e repleta de tudo que é vivo. Aproveite a boa maré e abraço rapaz!
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ResponderExcluiro mar tá mesmo pra peixe!
ResponderExcluirsabe que eu também acho um dos melhores? #modestiazero
rs
tem que ser assim mesmo quando merecemos! :P
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